O que você mais gosta de fazer? Se mandassem você parar de fazer isso, você faria birra, espernearia?

Se lhe dissesse que a resposta mais comum para essa pergunta, entre os jovens do ensino médio e fundamental II, de escolas públicas e privadas, é dormir, o que você acharia?

Antes de pensar nas consequências, tenho uma explicação de porque essa atividade é tão popular e valorizada entre os jovens. Na realidade essa justificativa não é nem minha, vem dos próprios jovens: “não faço nada o dia todo!”, dizem.

Há uma charge que ilustra um conceito válido para a discussão: quando jovens, temos energia e tempo, mas não temos dinheiro; quando adultos temos energia e dinheiro, mas não temos tempo; e quando aposentados temos tempo e dinheiro, mas já não temos mais energia.

Mas o caso dos nossos jovens não parece se enquadrar nisso, o problema para muitos deles, que têm tempo e energia, não é a falta de dinheiro, mas a falta de motivação. E não é a toa. Estar inserido em um meio que não considera as suas preferências – arte, música, videogame, skate – como algo importante ou relevante para a sociedade, é de fato desestimulante. Mas o problema não se encerra aqui.

Começar o ensino médio acrescenta peso às escolhas da vida. Devo ser médico, engenheiro, advogado. E com isso, aquele sonho de criança vai sendo deixado de lado e a frustração passa a ser um sentimento corriqueiro que deve apenas ser tolerado e não questionado. E a arte? E a música? E os jogos de videogame? “Hobbys, isso são hobbys! Você não pode viver disso, são apenas brincadeiras.” E assim os primeiros sonhos são deixados de lado e aquela vontade de dormir começa a aparecer.

O que esquecemos é que não há nada mais sério do que uma criança brincando. Quem nunca fez birra quando a mãe mandou parar de jogar bola na rua e voltar para casa?

O que você faria se pudesse fazer o que quisesse? Qual seria sua motivação? Se alguém te mandar parar de trabalhar você vai espernear com lágrimas nos olhos?

É com esses questionamentos que a Quíron tenta resgatar os jovens dessa sonolência e jogá-los de novo no mundo dos sonhos, mas dessa vez com ferramentas, com propósito e confiantes de que seus hobbys, suas brincadeiras, seus desejos, quando direcionados, com foco e uma visão empreendedora, do tipo que apenas verdadeiros protagonistas possuem, podem, não apenas ser um estilo de vida, mas mudar o mundo.

E você? Faz birra para quê?